sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ar

Inspira... Finalmente eu parei de respirar você... o ar chega a me queimar por dentro, mas é só falta de costume. Por quanto tempo eu só respiro você?
Ah... eu voltei a ser inteira minha e decididamente não vou me dar a mais ninguém... você faz falta... como eu não queria ter deixado de ser sua. Estou variando. Sozinha. Melhor assim, ia ser pior se acontecesse depois. Depois que eu tivesse me envolvido mais... depois que eu tivesse feito musicas para você e pintado seu rosto na parede do quarto. Eu pintei. Mas consegui não fazer as musicas, eu posso ate tê-las feito, mas não escrevi... esqueci. De fato me envolvi demais.
E agora me pego escrevendo sobre você, sobre tudo que eu deveria ter feito, sobre te respirar que era um segredo meu. Talvez eu ainda tivesse o que fazer por nós, mas o que se você não se importa mais?
Eu não queria estar chorando agora. Não agora que estou conseguindo escrever, à anos não fazia isso, era medo. Medo porque as palavras vão chegando e eu não posso evitá-las. Ainda te respiro. E agora ouço o som da sua risada, vejo estrelas aqui, onde nos encontramos pela ultima vez, estou esperando que uma delas caia para que eu possa ir. Ficar aqui já não é mais tão agradável, as estrelas não caem, sentem sua falta também.
Ah, depois que fui sua não fez sentido voltar a ser minha, ainda não faz sentido e eu não me sinto tão bem quanto achei que ia me sentir. Me deixa te respirar de novo? Farei musicas... pintarei seu rosto e pedirei felicidade as estrelas... escreverei poemas e serei inteiramente sua.
Não sou tão forte como pensava, não sou tão minha quanto queria... você em mim é o que faz a diferença... Expira.

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